Luiz Gonzaga.
Do seco, brotou pro mundo.
Presenteou a todos nós nordestinos com o Baião, dele e Zé Dantas.
Virou rei!
Mas era um cara simples, de bem, que buscou apenas trazer algo pro seu povo.
Como arma, usou a sanfona.
Era filho de Ana Batista de Jesus (conhecida como “mãe santa”), e Januário José dos Santos.
Nasceu no povoado de Araripe, a 12km de Exu, que fica no extremo oeste do estado de Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912 .
Cantou o nordeste, sua fauna e flora – o sabiá e a asa branca. Criou um hino, dele e Humberto Teixeira.
Além de compositor, foi intérprete.
Até gravou “Caminhando e Cantando”, em homenagem a Geraldo Vandré.
Mas sempre com o autêntico sotaque nordestino.
Pra mostrar uma realidade, seca.
Foi a voz de um povo.
Que fez questão de conhecer; e deu chance a tantos compositores anônimos.
Era humilde e buscava músicas para gravar, por onde passava.
Numa dessas situações, conheceu um *mestre, muito tímido, que lhe mostrou uma canção, assim: “O fole roncou no alto da serra. Cabroeira da minha terra. Subiu a ladeira e foi brincar…” (*Nelson Valença, da cidade de pesqueira-PE).
Luiz, hoje, completaria 100 anos e merece todas as homenagens.
Reverências ao Rei do Baião!
Rei que virou mais um santo nordestino – povo de muita fé.
Parabéns, Gonzagão!